Um poema de tristeza (à portuguesa) - Páthos sentido
Não preciso de vos declamar,
de vos perseguir;
de vos saber a falar,
nem ter a coragem para fugir
por culpa dessa nostalgia dentro de mim:
que me ensombra os dias sem um fim...
Todas as lágrimas nada valem,
se sempre me desentendem.
Não desejo mais este vale de solidão,
se todo se reveste de um mar gelado de incompreensão!
Esta tristeza é mais portuguesa,
que o abecedário em todas as linhas escritas
que não quer recitar suas desditas.
E sou um poema de uma palavra tão portuguesa
que segue o seu caminho com uma certeza:
o meu coração no chão com a alma sempre presa...
Rosamar Freedom