A tarde do teu olhar (na noite sublime de todas as madrugadas)
The afternoon of your eyes (in sublime night of every morning)
Quando te vejo não sei dizer,
o que me impede de insinuar
o que vou sentindo;
sem me deter
para tudo o que vou descobrindo...
When i see you i can not say,
what keeps me from insinuating
what i`m feeling;
without derrerring me
for everything i`m discovering...
O silêncio do teu olhar que demora
é toda a via para o coração,
não deixar de imaginar;
que entrelinhas para uma solidão
que se torna encantadora
se ajeita para ficar.
The silence of your gaze that lingers
it`s all the way to the heart,
do not stop imagining;
that the between the line to a solitude
that becomes charming
is arranged to stay.
É quando a dor longa e cruel
se transforma em poema
e todas as silabas se acentuam tónicas
na libertação de todos os fonemas;
e o papel se dá à sensação fiel tão perto.
Que escrever-te é ter entoação no tempo certo!
That`s when the long and cruel pain
becomes poem
and all syllables accentuate tonic
in liberation of all phonemes;
and the role is given to feeling so close.
That describe you is to have intonation at the right time!
E a tarde chegou e o teu olhar tão certo;
continua selado, tardio, admirado, em que olhavas!
Para dar todas as linhas além do verso
continuas, descontinuas, refúgio desencontrado
no teu olhar, na noite sublime de todas as madrugadas...
And the afternoon has come and your gaze so sure;
remains sealed, delayed, admired, in which you looked!
To give all the lines beyond the verse
continuous, discontinuous, dislocated refuge
in your look, in sublime night of all the dawns...
Rosamar Freedom