A gramática do eu poético ( não é sujeito único )
Só o que me rodeava era o mundo.
Em seu esplendor de pleno obscuro e mistério!
Numa escolha que se libertava para a descoberta...
E não tinha lacunas, o divino étereo
e a imensidão da natureza na terra que desperta!
Poetizar era isso descobrir e idealizar.
O eterno aperfeiçoamento que recria,
pela palavra originada pela sensibilidade poética!
Que abrange uma nova construção em simetria,
que não sendo perfeita, decalca o existente com nova estética.
Talvez se pudesse duvidar que imaginar
não cumpria o melhoramento do ser por si só!
Uma segunda voz que acrescentasse o rascunhar
das tessituras que são simbolismo da emergência do devir...
No sinuoso perpétuo movimento que é buscar e sonhar!
O eu poético não é um sujeito apenas numa única pessoa.
Desbrava caminhos na coragem da vastidão infinita!
Revolve-se e envolve-se num jogo de diferentes personificações
para ser testemunho descritivo do mundo e sua diversidade.
Decalcando o visível, o invisível, o perfeito, o imperfeito desvenda e aperfeiçoa!
_Rosamar Freedom _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _ _