Enquanto olhava o mar de imensidão!
Calei todos os desencontros
que incidiam nos dias vãos, de tristeza!
Enquanto ouvia o som da sua voz,
em rangidos temidos e esplenderosos.
Hó o mar, que me seduz, divino.
como o calor do sol revelador!
Insinuando rituais em namoro com a lua.
Que se acende em encantamento abrasador!
E quebra tantos segredos perdidos.
Não sei de criação que se não movimente
em operações de constante mudança!
O acto criativo reclamou seu motivo, sua andança...
Que talvez em sua constante inconstância
se faça e desfaça, para que se reinvente!
Mas sempre que olhava o mar,
Em suas ondas e espuma branquinha...
Em sua rebeldia de tamanha inquietude de amar
Cedia-me certa calmaria de inspiração tamanha!
Em suas sinuosas curvas feitas ondas em rodopios que se adivinham.
Processo criativo, doloroso, atroz!
Por vez primeira o toquei, soltando-o fugaz...
Nas suas incertezas, dúvidas, a desatar nós!
A sua auscultação urgente por se dissimular assim incapaz!
Eis sua revelação repartida em sua luz que se dissemina.
Mas enquanto olhava o mar, não sentia o silêncio!
Clareava a noite iluminada pelo brilho da lua
A perssentir o balanço que embalava o infinito...
Enquanto a noite se fixava no olhar profundo e intenso!
E nesse vai e vem difícil que é inspiração que se depura.
O mar já continha vagas e vagas de inspiração...
Apenas de sua supeficie que escondia de verdade,
gravuras e gravuras de vida em pulsação!
Se revelava em seu majestoso mistério
em vagas que libertam força e liberdade!
O mar cabe todo na imaginação dos poetas,,,
Tem todas as cores do céu em suas paletas!
Mergulhas na sua força como o vento em seu lamento.
Como a chuva, o granizo e a geada pela manhã.
Em resposta à melancolia que rejeito porque imagino, invento!
Rosamar Freedom