Falar sobre a poesia que escrevo
Escrevo nos primórdios dos ecos do futuro, pois o poeta vai ensaiando o mundo por acontecer numa construção infinita sem limites a criar caminhos novos no seu sonho que nunca acaba. A minha principal inspiração ou digamos o motivo é angariar sabedoria sobre o entendimento e o decifrar dos labirintos da alma. O que é que a alma busca para encontrar a felicidade? Já não tenho dúvidas sobre umas quantas coisas que são tão invisíveis, como por vezes impossíveis para que a alma se sinta um pouco mais completa e feliz. Poder-se-ão chamar ideais sublimes e nobres. E são eles: A liberdade, a alegria, a justiça, a verdade e o direito de sonhar. São apenas pensamentos viçosos que a alma exige, pois nela reside o eterno ideal de perfeição e beleza! Dois dos ideais mais elevados e idolatrados, são também os que mais assustam, amedrontam ou embaraçam os seres humanos, que quando confrontados com eles os acham inverosímeis e impossíveis inalcançáveis. Provocam incredulidades e dúvidas. Não se crêem facilmente em alma perfeitas e belas, pensando até que poderá ser algo falso ou pura estética. Se a alma humana é a única produtora da perfeição e da beleza, porque não poderá, sem qualquer vergonha, a possuir dentro de si verdadeiramente?
A poesia é apenas uma forma de interpretar o que somos de forma mais inteira e verosímil, pois nós nunca poderemos assumir apenas que a nossa composição é o que lemos na realidade. Existe um intercâmbio permanente, sempre em comunicação entre a realidade e a imaginação. A poesia é que desfruta desse acontecimento, pois o torna visível na sua feitura. Rosamar Freedom