Eremita da poesia
Não sei se por descuido ou por medo...
Não sei se por desatenção ou desapego.
Não sei se por imaginação em construção
que me vou mantendo em rimas de solidão!
Não sei se por prezar toda a liberdade.
Que me dá a fala da origem poética.
Que se liga derradeiramente à originalidade,
numa construção na simplicidade enfática!
Talvez na dúvida misteriosa
vive e respira em tácito relevo...
que se encontra na razão inspradora.
Semeando claridade tão confiante e zelosa!
Um sentimento tangível que se revela.
Em cada linha transversal do papel.
Procurando ilustrar um manual invisível,
sem limites, preferências, dado a tenaz descoberta!
Contemplação não funesta, mas encadeada.
No olhar que parte da essência e torna-se verso.
E busca sem cessar o pulsar do universo!
intermitente no encadeamento que a natureza exalta...
Rosamar Freedom