De forma oportuna e inteligente, a incursão, por via de palavras assumidamente sóbrias, poderá retomar o caminho que torna a compreensão de umas quantas verdades que se identificam com outras e muitas respectivas realidades. A inteligibilidade através da escrita e não a ponte para a sua procura, é para mim a via mais segura de atingir o conhecimento, já que este tem muitos patamares, os quais é necessário subir para poder assimilar a certeza de que realmente se aprendeu.
Todas as doutrinas têm o direito à sua existência, ao seu estudo e análise, mas esse grande e astuciososo mundo do conhecimento faz parte de um patrimonio que é possuído pelos sábios e estudiosos e que é posto à disposição por meio; de livros escritos, aulas leccionadas, bibliotecas, em livrarias à disposição para consulta e compra e sinais do nosso tempo, na internet, grande mundo de conhecimento diversificado e vasto. E nesse intercâmbio do saber e do conhecimento democrático, nada poderá ser vedado ou proibido a qualquer pessoa que mostre vontade de o adquirir. Assim se formam e instruem muitas pessoas, que talvez um dia se tornarão um deles. É o progresso e faz parte do nosso futuro que vai engulindo o presente que se mantém em permanente estado de transformação imparável, loquaz e descontinua. Devido a isso existem mutas dúvidas sobre o funcionamento das instituições, nomeadamente a instituição do ensino, aonde existem muitos problemas e criticas do facto de não estar a facultar os resultados que se desejariam, nem a fazer o principal, criar a verdadeira motivação para a aprendizagem.
Eu gostaria de ilustrar algo que se relaciona com esta crescente insatisfação em relação a quem ministra e de quem usufrui, da instituição do Ensino.
A vida não é um quadro representativo de um lugar estático e uniforme, passível de ser conhecido mediante regras pré-estabelecidas em que ao se atingir o seu conhecimento é um poder amplo do descortinar de uma realidade sabida e posteriormente adquirida. Dessa forma se saberia como lidar com ela, não haveriam surpresas e não ficariam dúvidas a pairar. Ou seja está sempre a mudar e é preciso estar atento amiudadas vezes a ela, para que se torne numa clarividente ilustração com o objectivo de tentar poder encontrar a melhor forma de lidar com os seus problemas e dificuldades. Agora pergunto quem nos poderá melhor dar a conhecer essa mesma realidade, sempre constantemente a mudar, sem aviso prévio?
Não deveriam ser as instituições que formam as pessoas? Eu não sei, alguém poderá melhor ter essa resposta. Será uma solução ter um papel um pouco menos teórico e mais prático e pragmático. O que é certo, é que, se por um lado a liberdade de escolha foi dada a todos, a conduta daqueles que formam e fornecem o conhecimento, encontra-se num espaço de impasse face às realidades vigentes, as quais suscitam muitas dúvidas e inseguranças ( o que parece transparecer ). Isso não poderá ser devido à falta de capacidade da fábrica do Ensino de proporcionar um conteúdo que demonstre como as coisas funcionam na vida real e não como funcionam na sala de aulas. Que são realidades dificeis, porque em permanente mudança. Como se poderâo confrontar as duas realidades, a construída nas instituições de ensino e as que acontecem no mundo real e vigente? Tão diverso e descontinuo!
Porque ilustrar é dar perceber, não poderia ser esta uma via para se construir um caminho para atingir o sucesso para não se passar o resto do tempo a lamentar esse " corpo estranho " e tão, tão desconhecido ( pois não se procuram as verdadeiras razões da sua existência ) desse mal chamado insucesso! Falo eu de uma outra ilustração, aquela que é feita com a inteligibilidade da escrita, sem desprimor para a ilustração pelo desenho em todas as suas variadas formas, que muito aprecio e que muito me inspira.
" Somos também inescapavelmente, o que aprendemos " - João Caraça
Professor " Ensinar é tornar as coisas mais comuns do mundo em objectos de contemplação e reflexão. Precisamos de transformar tudo o que nos rodeia, tudo o que é estranho - e no entanto parte da nossa realidade - num desejo real de compreender. "
Rómulo de Carvalho. Pseudónimo: António Gedeão - fazedor do poema que vinha nas primeiras páginas do meu livro de História da 4ª classe chamado: Pedra Filosofal