Leitor desconhecido ou imaginado
Se na pressão o meu imenso desencontro
Te pudesse, por segundos, pensar-te
Leitor no infinito, não do verbo redondo
Mas das introspecções de uma solidão errante
Que, que não naufraga, no mais e muito profundo
Do ser, que se separa em partes de uma integrante
Escreverei eu para ti ou por pôr legendas
Nas infimas e sensíveis e desniveladas emoções
Que não se explicam, tão só com estas palavras
Elas que se desencontram com o sentir dos corações
Tão determinadas em se sentir e serem explicadas
As emoções emergem na pele sem conhecerem as suas razões!
Como humanos interditos a pensar, mas também a sentir.
Incrustados nos dominios do pensamento organizado
Caminhamos lado a lado com os sentimentos a surgir
Que desaguam das emoções a flutuar num mar abstracto
E se transformam em invisibilidade de um mundo mal explicado
Mas que em tardio arrependimento recorremos sem fugir ( mentir )
Não rogo a tua compreensão, mas mais a tua atenção.
Que se entenderes tudo o que viaja nestas linhas
Terias decerto uma máxima desilusão
Assim sendo te peço apenas consoante o que adivinhas
Te sintas como eu noutro desatar desta prisão
Que preza a ambiguidade emocional, como uma das lógicas divinas.
Rosamar Freedom