Mataram o acaso sem dó nem piedade- razões da fuga da criatividade humana
Porque todos e tantos se queixam de que se sentem insatisfeitos com a vida com o dia à dia e até vivem bem, mas os dias apenas doem e dramatizam uma vida deprimida e despida de qualquer realidade consistente.Tudo tem curto prazo e nada faz sentido, o absurdo no comando.
Nesta parca e e revoltosa análise, porque me senti nela também, denotei a exigência e a que tinham reduzido a esta falsa dimensão em que todos se julgam a viver e lancei uma hipótese para tentar chegar às verdadeiras razôes.É neste patamar de que tudo é um jogo em que só se podem contar ou com perdas ou com ganhos, e mesmo um longo deserto se tem de pagar a peso de ouro. Ou seja tudo não passa de jogos de sorte ou azar, nada é nunca deixado ao acaso, tudo contabiliza num dos dois extremos, em que a sorte não é uma sorte igual ao seu significado primeiro, que é fruto do quanto nos empenhamos e trabalhamos com verdade e dedicação, e semeamos para a poder colher, a tal sorte que tanto pode acontecer ou não. Mas aqui é que está a distinção entre a sorte de primeiro sentido e a sorte ficcionada e obscurecida, em que nada tem a ver com razões claras e sérias, mas com realidades obscuras e escondidas dentro da cobardia humana em que a tudo se opõem à verdadeira criatividade livre e dinâmica.
Não se tiram conclusões, vai-se percebendo o que está mesmo a acontecer como facto consumado e real. Uma verdade que se sente consumada é o facto de que o acaso deixou de existir.